Desde a última quarta-feira (25), começou a ser colocada em prática a medida que acaba de vez com a distribuição de sacolinhas plásticas em supermercados. Em guia de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, a maioria dos estabelecimentos aderiu ao acordo feito com a Associação Paulista de Supermercados (Apas) e tentam encontrar alternativas sustentáveis para a substituição.

Segundo Fernando Rogério Silva, proprietário de um supermercado da cidade que atende cerca de 400 consumidores diariamente, o estabelecimento tem opções que vão desde caixas de papelão gratuitas à sacolas biodegradáveis que custan de R$ 0,19 a R$ 0,60 cada, até a versão ecológica retornável a partir de R$ 1 cada.

Já para o proprietário de outro supermercado da cidade, Antônio Alves Barradas, oferece eco bags no tamanho grande a R$ 1,99 e no tamanho pequeno a R$ 0,50 cada, além da sacolinha feita de milho que se decompõe no meio ambiente mais rápido custando R$ 0,19 cada.

Outro supermercado da cidade resolveu fazer diferente. Segundo a proprietária Nair Kushida, eles oferecem a sacola oxi-biodegradável gratuitamente aos consumidores. Para ela, a medida é fundamental “Deveria ter sido feita antes, mas o importante é a gente se conscientizar. No começo todo mundo está estranhando, mas com o tempo vamos adaptando a situação”, explica Kushida.

A falta de sacolinhas plásticas também virou estratégia de marketing para algumas empresas da cidade. Em uma delas, os clientes ganharam um modelo de sacola retornável com a marca da empresa. Para o proprietário Leandro Marcato, a empresa gostou tanto da iniciativa que busca outros modelos para os clientes. “Estamos estudando outras opções de sacolas. Para o futuro, queremos lançar mais algumas soluções ecológicas”, diz.

Na enquete realizada recentemente pelo G1 Rio Preto e Araçatuba, a maioria dos internautas não está de acordo com a nova medida. É caso do estudante José Rodrigues Neto. Para ele, outras atitudes deveriam ser tomadas. “Acho que existem várias coisas piores para o meio ambiente, coisas que não tem tanta serventia para uso após chegar ao consumidor. Se é para proteger o meio ambiente teria que mudar muita coisa, como por exemplo, usar apenas garrafas retornáveis (vidro)”, opina Neto.

O estudante Guilherme Vila Real, 21 anos, acredita que a medida seja positiva. “Acho que já passou da hora de a gente fazer alguma coisa para ajudar o meio ambiente. Não usar sacolinhas é algo tão simples que não vai causar tantas mudanças na vida das pessoas. A única coisa que muda é que em vez de carregar várias sacolinhas em cada mão, ele agora vai carregar pelo menos duas sacolas maiores, com toda a compra que fez”, diz o estudante.

Fonte: G1